sexta-feira, 27 de maio de 2011

Poema que se confundiu

Sem animo pra nada,

Viajava contra o tempo.

O destino sem questão,

Fazia o papel de vilão.

Na divindade,

Amar era o único Ludíbrio.

Portas de guarda-roupas,

Arreganhavam-se para o horizonte de meu refolho.

Meu refolho , meus objetos mimalho.

Na minha filosofia, argumentos baratos.

E nos meus pensamentos,

Falsas verdades.

Blusa cheirando a bebida,

Quarto a bagunçar idéias de uma perdida.

Movimento novo, com próprio estilo,

Onde sequer métricas e Poetas e críticos,

São capazes de decifrar.

Plumas e penas de um inconsciente,

São apenas confissões de uma falsa demente.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Romeu&Julieta: o final feliz.

Somos Romeu&Julieta dos tempos modernos, mas da mesma forma que reza a lenda que aquele jovem casal se amavam contra a vontade dos pais, nós assim o fazemos.

Mas digamos que estamos mais para uma aglomeração de poemas com todas as incógnitas, complicados demais, porém com simples verdades. Por que poemas, e não um romance dramático? Simples. Não sabemos o final de um poema, e nem o que ele significa. Já o casal devaneio de Shakespeare todos já sabem o final, e o quão triste ele é.

Nosso amor foi crescendo, minhas histórias fictícias todas feitas com você, não tem mais saída , não tem como tirar você de mim e da minha vida. Sei não, mas desconfio de que seu destino é ficar do meu lado, nem que seja do mesmo jeito dos nossos amigos criados pelo “ ser ou não ser”.

Temos uma vida inteira. Um drama só nosso, com nossos inimigos e com nossos fiéis escudeiros. Mas uma coisa me perturba. Morrer envenenados não faria nosso tipo, penso que nós podemos fugir para as colinas, pois dizem que lá as flores são bonitas, e penso eu que morrer envenenado não seja assim tão bonito.

As vezes tento vencer a gravidade, fecho os olhos e imagino você, sinto uma energia , tipo um super poder, mas ai volto a imaginar Romeu&Julieta, e coitado dele, quis ser um super herói pra ela, mas só conseguiu ir para um super mundo do além. E não quero isso pra nós.

Já sabemos que somos eterna paixão, sem precisarmos de veneno. Te amo como uma louca, uma palhaça dramática como o “menestrel”. Não te conto , mas todas as noites você vive nos meus sonhos. Meus sonhos : histórias. Tua beleza : a essência de todas as minhas histórias.

Queria te encontrar sem querer e seguir nosso caminho sem ilusões, sem venenos , sem dúvidas , totalmente ao contrário do casal do escritor. Fugir para um mundo só nosso, onde nós seremos Romeu&Julieta. Nós entregaremos e pertenceremos a um só romance, um único jogo, e sim! o melhor final feliz.

sábado, 14 de maio de 2011

Os “TALVEZ” dos Modernos.

Talvez seja eu Manuel

Querendo, talvez, uma Pasárgada.

Talvez seja eu Oswald

Querendo,talvez, somente os Pronominais.

Talvez seja eu Mário

Querendo,talvez, ser Macunaíma.

Mas de todos os “talvez”

Todos os “querendo”

Eu talvez não queira ser,

Assim como Alcântara fez com Gaetaninho

Aquela que tudo quis e apenas

O sono infinito teve.

Talvez cante eu,

O conto do guerreiro.

Do mesmo modo que querendo,

Gonçalves cantou.

Mas talvez,seja,em mim

A imagem da Tereza de Manuel.

Ou outra vez querendo se mostrar,

Seja o herói Macunaíma de Mário.

Esse Pralapracá de Modernos,

Como poetizou Cassiano,

Só me traz saudade,

Da Pásargada que ainda não tive.