Estava sentada em uma mesa de bar com mais três amigas. Alice observando a rua, por uma fração de segundo viu-se voltada para sua infância. Em sua mente vieram cenas de quando ainda era uma criança, com no máximo 10 anos de idade. Vieram também cenas de sua pré-adolescência, que foi marcada pela rebeldia dos 12 aos 14. Mas também nessa viagem lembrou-se de um passado não muito distante, um passado que ocorrera a pouco tempo atrás.
Imagens como quando tacará um copo de vidro dentro de um barril d’água tendo como conseqüência o dedo de seu melhor amigo desde a infância cortado (dedo este que hoje não dobra devido ao trauma). Como num filme veio também lembranças de tombos, brigas e pimentas que comeu achando que era acerola, tudo motivado por aqueles mesmo amigo citado acima junto com sua irmã.
Mas não apenas momentos ruins, momentos bons também. Risos, abraços e conversas com esses amigos que marcaram sua infância e ainda marca sua vida.
Lembrou de suas primeiras professoras, colegas de colégio, lembrou de seus dois primeiros beijos. Recordações de armações, pequenas maldades de pré-adolescente e alguns tapas doídos que levou de seus pais.
Pais e irmão, essas são as recordações que nunca se apagaram de sua memória, nem por toda eternidade, pois estas pessoas diferente das outras jamais irão embora de sua vida. Piqueniques em tardes ensolaradas na praia, brincadeira de lutinhas , jogas de dominó onde sua mãe virava criança e sempre dava um jeito de cabular a brincadeira para sempre ganhar.
Mas tudo na vida muda e essas lembranças são apenas lembranças, e as lutas se tornam serias, as brincadeiras deixam de existir e a distância entre membros da mesma família começa a aumentar, memórias e lembranças , nada parece mudar, mas enquanto o tempo passa Alice procurara o melhor caminho. . .
Ela acorda ta pequena viagem que teve em frações de segundos , e percebeu o quanto já viveu em 17 anos de vidas, e viu que da guerra da vida todos saem vitoriosos porem não vivos.